Você, com certeza, já deve ter ouvido alguém falar em "manchas senis". Elas são popularmente chamadas assim porque costumam aparecer em pessoas com idade mais avançada. Na verdade, estas manchas não são provocadas pela idade e sim pelo dano causado pelo sol ao longo dos anos. Como o resultado da ação do sol só vai aparecer com o passar do tempo, as melanoses solares são mais comuns em pessoas de idade. Entretanto, dependendo da cor da pele e da exposição solar, já podem estar presentes à partir dos 35 anos. É fácil comprovar que a mancha senil é, na verdade, uma mancha solar. Basta olhar a pele da região coberta pela camiseta ou a parte interna dos braços, que ficam protegidas do sol, e ver que ali não se encontram as manchas. As melanoses solares são manchas escuras, de coloração entre o castanho e o marrom, de tamanhos diversos, predominando nas áreas expostas ao sol: face, colo, antebraços e dorso das mãos. São mais frequentes em pessoas de pele clara!  O dano solar acumulado ao longo dos anos induz ao aumento da função dos melanócitos (célula que produz o pigmento que dá cor à pele), produzindo mais melanina e escurecendo a pele. Apesar de serem lesões benignas, as melanoses solares são um importante marcador de dano solar (actínico) intenso. Por isso, indivíduos com grande número de lesões, apresentam um maior risco de desenvolver câncer de pele.
Prevenção e tratamento. A prevenção é feita através do uso de proteção solar, com início na infância, nas áreas continuamente expostas ao sol. Não é apenas o sol da praia ou da piscina, mas também o sol do dia-a-dia, que paulatinamente vai danificando as células e, no futuro, dar origem às manchas. É importante o uso do protetor solar, com FPS à partir de 30, em crianças após os 6 meses de idade, devendo ser reaplicado a cada 3 horas. O protetor solar deve ser complementado pelo uso de chapéus, roupas de manga comprida e luvas. Recentemente, foram desenvolvidos luvas e chapéus confeccionados com tecidos especiais, que barram a radiação solar e podem ser usados no dia-a-dia, ao dirigir por exemplo. O tratamento pode ser feito com cauterização química e elétrica, criocirurgia, peelings químicos e o uso da luz intensa pulsada, esta última com melhores resultados. O uso incorreto destas técnicas pode deixar manchas claras ou até mesmo cicatrizes residuais. O profissional treinado para estes tratamentos é o médico dermatologista. Dica: na presença de manchas consulte sempre o dermatologista para que possa ser excluída, com segurança, a presença concomitante de cânceres de pele. Tratamento de manchas solares e sardas com a luz intensa pulsada. O tratamento de manchas solares (melanoses) e sardas com a luz intensa pulsada consiste na aplicação de disparos de luz em intensidade controlada para a remoção ou clareamento das manchas. No caso das manchas solares e das sardas, o alvo é a melanina, que está aumentada nas lesões e atrai o disparo de luz, o que vai promover a sua destruição. Em geral, são necessárias 4 a 5 sessões de tratamento, mas os resultados podem aparecer em menos tempo. A pele de quem vai ser tratado não deve estar bronzeada pois, neste caso, também vai atrair a luz do disparo e sofrer o efeito do tratamento. Os novos aparelhos de luz intensa pulsada funcionam com tecnologia de ponteiras resfriadas, o que traz mais segurança e conforto, protegendo a pele sadia e evitando que ela sofra os efeitos do tratamento, além de tornar o procedimento praticamente indolor. Por: Dr. Ricardo Tiussi