Com a sua experiência, como você avalia o cenário agrícola na sua área em Rondônia?

 

​

O arroz no estado de Rondônia tem crescido ano a ano. A partir do ano 2002 nós tivemos um acréscimo de números espantosos.  O estado de Rondônia importava tudo do Mato Grosso, Goiás e Rio Grande do Sul e hoje o nosso estado tem auto-suficiência desses produtos. Nós importamos em apenas alguns casos e um exemplo deles somos nós do Alimentos Bernardo que devido a um estoque estratégico realizamos algumas importações.

​

​

​

O que o senhor nos conta sobre a importância do processo de qualidade da secagem do arroz?

 

​

Os produtores de Rondônia estão estruturados com tecnologia de plantio, colheita, semente, de acompanhamento com técnicos para o setor produtivo, mas eles não estão preparados para armazenagem, pois eles teriam que ter um secador um silo e toda a infra-estrutura para a armazenagem, como em media 80% das terras são arrendadas um investimento desse e não financeiramente viável. Então vieram as indústrias do setor que somos nós e estamos realizando grandes alianças com os produtores de Rondônia. Os produtores trazem o produto ate os armazéns e nós secamos e armazenamos, ele tem a liberdade de vender para nos do Alimentos Bernardo ou para outra empresa. A qualidade do produto começa no plantio essa consciência foi desenvolvida ao longo dos anos pela Embrapa, Governo, nos da indústria e as empresas que fazem o fomento, ou seja, a semente e o adubo também desenvolvem essa consciência da importância da qualidade do grão que vem da plantação. E para isso e necessário que o produtor adquira sementes apropriadas para o cultivo, adubo de qualidade, correções de solo, e contar com uma indústria de confiança para os produtores depositarem esse produto para a secagem e armazenagem, a indústria e um aliado do produtor. Essa interação de produtor e indústria e uma ferramenta muito importante, pois sem ela o desenvolvimento e crescimento para ambos os lados se tornaria algo impossível de ser alcançado ninguém cresce verdadeiramente sozinho.

​

​

​

Nós explique com e feita a rotação de cultura?

 

​

Para desbravar essas terras primeiro e necessário colocar um produto que não seja folha larga, normalmente e com o arroz sendo folha fina. A partir do terceiro ano os produtores saem do arroz e entram na soja sendo uma folha larga.
Quando o produtor vai aplicar o defensivo agrícola que e o veneno, no caso do arroz o produtor mata só a folha larga que e o mato e deixa e folha fina, e com a soja você faz o contrário mata folha fina e deixa folha larga. Esse processo e chamado de rotação de cultura. O que gostaria de destacar em relação à qualidade do arroz produzido em Rondônia? Ao longo dos anos estão sendo desenvolvidas sementes que possuem alta qualidade e que se adaptam as mais variadas condições de solo e clima. Em Rondônia e outros Estados de terra alta tinha um problema para se produzir arroz de qualidade. Então a Embrapa fez testes e desenvolveu sementes de qualidades para as terras altas e com um sabor característico, os produtores tiveram sucesso. O arroz de Rondônia esta atendendo a essa qualidade e a demanda para o povo Brasileiro.

​

​

​

Fale sua opinião sobre a exportação do arroz?

 

​

A exportação de arroz e interestadual e internacional.
Ela e internacional só quando o mercado esterno e propício.
Por exemplo, quando os países que dividem fronteira com o Brasil estão com o preço do arroz baixo nos compramos arroz deles e vise-versa. Isso também acontece entre os estados do Brasil. Lembro que em 2006 nos compramos arroz do Paquistão porque o preço do arroz do Brasil estava muito auto. Hoje os presos dos países do Mercosul são equiparados.

​

​

​

Quais são as principais necessidades do produtor?

 

​

Financiamentos, o produtor precisa de dinheiro direto do governo federal. São varias as dificuldades que o produtor encontra uma delas e a licença ambiental que hoje e a grande dificuldade do produtor a legalização da terra junto com os órgãos ambientais. Como os produtores têm essa dificuldade às indústrias e empresas do setor agrícola cortam um pouco o caminho e fazem um tipo de fomento para efeito de compra das indústrias. Para efeito de fomento de sementes, adubos e insumos as lojas agropecuárias que fazem esses financiamentos direto com o produtor. Nós temos essa parceria com os produtores a troco de produto. Só que quando você faz esse tipo de adiantamento isso tem um custo e esse custo qualquer que seja ele ainda sim e alto para o produtor. Essa e a dificuldade do produtor ter acesso ao credito estou falando de cerca de 80 % dos produtores os outros 20% tem acesso ao credito por ter licença ambiental e outras exigências na documentação e essa grande maioria não e só em Rondônia e em todo Brasil.

​

​

​

​

Através do desenvolvimento de novas tecnologias no plantio, como isso vem contribuir com o crescimento do produtor?

 

​

A tecnologia vem para auxiliar o produtor ele tem que se modernizar. Exemplo com a colhedeira certa o produtor não perde as sementes e tem um faturam roda de um trator que não estiver adequada na hora de passar veneno vai danificar a plantação são esses exemplos de adaptações que o produtor vai ter que fazer para aumentar o lucro do plantio ele pode gastar um pouco mais no inicio mais o retorno e certo. O produtor tem essa consciência e esta usando essa tecnologia. Antigamente se produzia em media 35 sacos por hequitare hoje se produz 62 a 77 sacos por hequitare e esse crescimento se deve ao uso de novas tecnologias usadas no campo desde o preparo da terra, as sementes utilizadas e o maquinário adequado, esse crescimento se deve a tecnologia empregada na agricultura brasileira. A agricultura brasileira e a primeira do mundo em tecnologia em desenvolvimento de novos produtos. Quando o Brasil parar de exportar soja e milho inatura e exportar o produto industrializado ai nos vamos ser uma potencia de primeiro mundo, porque nos temos o produto, e aquilo que você processa você gera uma cadeia de empregos e a renda que fica no Brasil. Exemplo a soja e um grão mais ela processada vira mais de 32 produtos. Isso geraria mais emprego e renda para o produtor a para os brasileiros. No Brasil, o arroz é considerado um produto essencial na cesta básica do consumidor, sendo um dos principais alimentos consumidos diariamente pela população.

​

​

​